domingo, 27 de novembro de 2011

Um risoto de funghi frescos

Essa receita de risoto de funghi (fungos, em italiano) tem um toque personalizado. A abobrinha italiana combina muito bem com os outros ingredientes. Experimentem! A receita está na aba "aromas e sabores".

Chuva no Campo Alegre


Novas fotos na aba Campo Alegre. Nesta época a chuva mata a sede e dá sua contribuição no espetáculo da natureza.

Conversa ao redor do fogão.




Um fogão à lenha aceso.
Um café da tarde entre amigos.
E, prá rechear, histórias para aquecer o coração.
Tudo isso fez a tarde deste domingo diferente para essa pequena comunidade.
Foi uma celebração de palavras, gestos, olhares e sabores.
Memória de um tempo que não volta, mas que vale a pena ser lembrado.
Saudades de momentos vividos em família, com amigos, e que ajudaram a construir a nossa história.
Nossas vidas são entrelaçadas por fatos semelhantes: saudade dos avós, pais, amigos, professores, lugares, comidas, canções... Histórias urbanas e caipiras que se misturaram no dia em que nos encontramos e passamos a fazer parte da vida uns dos outros.
Que bom que os encontros acontecem.
Que bom que eles produzem frutos.
Um brinde aos amigos!










segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Empanada com chileno!



O sabor continua favorecendo a viagem pelo tempo e espaço.
Neste final de semana estive outra vez no Chile, mas desta vez por conta do aroma e do sabor da empanada.
Fui apresentado ao Cláudio e a sua esposa Onilda.
O local do encontro foi na cozinha, com as mãos na massa, e exercitando as palavras.
Além de partilha sobre nosso país comum, dele por nascimento, e meu por adoção, descobrimos outros pontos que nos aproximam: Comunidade de Taizé, espiritualidade e amigos.
Só tenho a agradecer.
Viva Chile!!!!





quinta-feira, 17 de novembro de 2011

"O que é viver bem?" Cora Coralina

Hoje pela manhã recebi esta poesia de uma grande amiga, semeadora de coisas boas.
Não é por acaso que se ocupa com a educação. Valeu Rosana!

Me rendo diante de Cora Coralina: mulher simples, doceira de profissão, que com a mesma intuição com que produzia seus doces, soube viver e interpretar o cotidiano do interior brasileiro, tornando-se uma das grandes escritoras.
Sua primeira obra foi publicada quando tinha 76 anos de idade.
Não precisamos de mais motivos para acreditar que nossa vida esta cheia de possibilidades. Podemos deixar nossa contribuição para que esse mundo seja melhor, mais bonito. Ainda há muito por fazer, descobrir, criar.

Estas fotos são do museu de Cora, na cidade de Goiás Velho.
A casa continua igual, e uma bica d’água passa ali dentro.
A cidade parece ter parado no tempo. Ruas de pedra, iluminação do início do século passado. Vale a pena conhecer!

"Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice, e digo prá você: não pense.
Nunca diga "estou envelhecendo, estou ficando velha". Eu não digo.
Eu não digo que estou velha e não digo que estou ouvindo pouco.
É claro que, quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos. E isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.
O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia.
Também não diga prá você que está ficando
esquecida porque, assim, você fica mais.
Nunca digo que estou doente; digo sempre: estou ótima!
Eu não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa.
Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida você fica.
Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então; silêncio!
Sei que tenho muitos anos.
Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades; mas não sei se sou velha, não.
Você acha que sou?
Posso dizer que sou a terra e nada mais quero ser. Filha dessa abençoada terra de Goiás.
Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos.
Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.
Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto.
Pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.
O importante é semear, produzir milhões de
sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.
Digo o que penso, com esperança.
Penso no que faço, com fé.
Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.
Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar,
ir ou ficar; desistir ou lutar.
Porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir. "

                                                                                                                     Cora Coralina

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dona Selma é coruja! Ops... Dona Selma e a coruja! rs.

Essas corujas!!!
Faça chuva ou sol, elas estão sempre ali, cuidando do ninho e das crias. Esta foto foi feita hoje, numa trégua da chuva.
Disseram que a comparação “mãe coruja” vem do fato de que seus filhotes são feiozinhos, mas mesmo assim ela os ama e paparica.
Nada disso! As corujas são lindas, e seus filhotes maravilhosos... mesmo sujinhos quando saem do ninho/buraco em época de chuva. Logo pego um flagrante da prole toda suja de barro.
Daí vem a comparação. Dona Selma, bisavó de três corujinhas maravilhosas, que, com ela, estrelam essa animação.
Mais difícil que fazer o vídeo foi escolher as fotos, umas mais lindas que as outras.

Dona Selma e seus bisnetos

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Basta, Berlusconi!

Nunca pensei que a queda desse ditador fosse como um presente de aniversário para alguém. Mas foi. Clara, minha amiga italiana fez aniversário na última semana e, de regalo, ganhou o pedido de demissão do homem que marcou a Itália nas últimas duas décadas.
Felizmente a crise sempre tem um aspecto positivo não só para um indivíduo mas também para uma nação. Tantos crimes e excessos não foram suficientes para derrubar Berlusconi, mas a crise econômica europeia sim.
Incrível como um ditador consegue permanecer no poder por tanto tempo sem que haja algum mecanismo capaz de impedir. Isso envergonha qualquer país cujo povo escolheu a democracia como forma de poder.
Certamente a Itália não será a mesma depois de Silvio, será melhor.
Aí está outro fator positivo que a História nos ajuda a enxergar: a interpretação dos fatos. Quem viveu sob o poder de Pinochet, Saddam Husseim, Hugo Chavez, Berlusconi e outros tantos, sabe muito bem o que não quer.
Em breve Silvio Berlusconi será um nome do passado. Em seu lugar tantos nomes até então anônimos serão conhecidos pelo mundo todo, e que darão orgulho aos italianos.
Então um brinde à Clara e à Vida Nova na Itália!

domingo, 13 de novembro de 2011

Doçura do cerrado


A gabiroba, guabiroba ou guavira é o fruto produzido pela gabirobeira, um arbusto silvestre que cresce nos campos e pastagens do cerrado brasileiro.
É um fruto arredondado, de coloração verde, com polpa suculenta e doce. Ela pode ser consumida ao natural ou na forma de sucos, doces e sorvetes e ainda serve para fazer um apreciado licor.
No Campo Alegre ela demorou muito tempo para produzir, mas valeu a pena a espera.
Esse é um dos sabores que me faz lembrar da infância quando morei por um período no Estado de Minas Gerais, região de Iturama.
Ali por muitas vezes íamos a pé para a cidade. E com sorte, para compensar o cansaço, encontrávamos uma moita de gabiroba. Era uma festa!


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

S.O.S., Arlete!

Lembram-se da Arlete?
Pois é, depois daquele texto que escrevi já se passaram inúmeras histórias envolvendo essa figura.
A última foi hoje mesmo um pouco mais cedo.
Chegando na casa da minha mãe para o café da manhã diário, observei que a Arlete saia da casa da vizinha. Flagrante de furto? (rs) Não! A dona da casa tinha esquecido uma panela no fogo.
Foi só ligar para a Arlete, que tem a chave da casa para emergências, e pronto: fogo desligado, incêndio evitado e vizinha trabalhando tranquila.
E a Arlete? Continua a mesma, surgindo de onde menos se espera para ajudar a resolver os problemas.
Quem quiser conhecê-la melhor, basta ler o texto que está na aba “causos” deste blog.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Sabores e aromas

Acabei de criar uma nova aba: SABORES E AROMAS.
Sempre estamos ao redor da mesa ou diante do fogão.
A comida, com seus aromas e sabores, sempre é motivo para reunir as pessoas. Como todas as artes, ela revela um pouco do seu criador. Cada chef tem seu jeito, sua preferência. Parece que uma coisa a maioria tem em comum: cozinhar só tem sentido se for uma forma de servir, agradar, provocar sensações das mais diferentes possíveis. Quem cozinha, oferece um pouco de si junto com a comida.
Ainda me lembro de muitos pratos feitos pela minha mãe quando eu era ainda bem criança. A forma, o cheiro, as cores, o gosto. Basta fechar os olhos quando tenho contato com aqueles sabores familiares para que a memória seja ativada e comece longas viagens.
Não quero apenas divulgar receitas, mas partilhar encontros e revelar amigos que são verdadeiros artistas da cozinha. Quero postar imagens de pratos feitos com dedicação e criatividade.
Para inaugurar escolhi a famosa quenga, que desta vez foi feita pela chef Andréia.
Aproveitem!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Uma palmeira berçário...

No Campo Alegre é assim, mesmo aquilo que parece não dar mais vida, surpreende. Essa palmeira, aparentemente acabada, que já acolheu ninho de maritacas, agora está habitada por uma nova família... O caseiro contou 5 aves “desaparecendo” dentro do oco que se formou... Mas acho bom elas cuidarem bem dos ninhos, porque esses tucanos não têm bicos longos apenas por serem bonitos. E quem souber o nome da ave, pode ajudar esse blogueiro. O caseiro diz que são marrecos. Acho que o André pode ajudar nessa tarefa. 




Só prá completar: tem gente muito parecida com essa palmeira, pois mesmo aparentemente acabada sabe acolher e abrigar.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Onde é mesmo que foram parar alguns sonhos?

Essa pergunta foi um dos temas de discussão na reunião de hoje com minha comunidade.
Alguns sonhos já se tornaram realidade, já produziram frutos. Outros ainda estão por vir. Por eles vivemos, trabalhamos, enfrentamos os desafios dos dias que se seguem. Sonhos simples ou profundos, possíveis e impossíveis. Sonhos pessoais. Sonhos para os outros. Mas alguns deles ficaram perdidos ao longo da nossa vida. Foram ofuscados pelos problemas, pelos sofrimentos, pela falta de esperança, ou simplesmente por conta da falta de coragem de enfrentar os desafios para fazê-los reais.
Se forem sonhos que compõem a orquestra da nossa vida, enquanto não forem recuperados e sonhados de novo, as canções ficarão sempre desafinadas. No entanto, se fizerem parte dos nossos projetos novamente, a Nona Sinfonia de Beethoven ficará ofuscada.
Estamos iniciando o período do Natal, uma boa ocasião para recuperar os sonhos perdidos. O menino Jesus mesmo é portador de um sonho possível para toda a humanidade. Nossos sonhos se encaixam perfeitamente no sonho dele. Afinal, Deus nos quer felizes, realizados, solidários.

Páginas da Vida

Foi então que no meio dessa história toda, uma voz carregada de emoção se fez ouvir... era sobre uma história de amor. Um desejo de um marido para sua mulher amada. Um sonho que precisou de ajuda de outros para se tornar realidade. Pouco antes de sua morte, o pai combinou com o filho os detalhes do presente que queria dar a sua esposa: um carro. Mas não era só um carro. Era um gesto de gratidão pela vida toda de cuidado, companheirismo, fidelidade. Um gesto de despojamento, de amor. Depois de muito sofrimento e da presença constante da sua amada ao seu lado, foi morar com Deus. Ficou a saudade, a memória, o amor. Mas como tinha deixado tudo combinado, chegou o dia da esposa buscar seu presente na concessionária. Mais surpresas: o carro estava sobre um tapete vermelho e envolvido por um imenso laço da mesma cor. Cidinha e Ari continuam cantando uma afinada canção por conta dos sonhos que sonharam juntos, e que são eternos. Mais importante que o carro foi a história que construíram juntos. Comovente essa delicadeza do companheiro, que ao invés pensar apenas em si, mesmo num momento de profunda dor, consegue pensar na sua amada, preparando uma surpresa com um desejo enorme de vê-la bem e feliz.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Rubem Alves, outra vez!



Como sabem da minha admiração pelo Rubem Alves, me fizeram chegar um convite para mais uma palestra do poeta. Foi hoje, pela manhã, para um grande público de educadores.
Como sempre foi bom ouvir sua voz, seus comentários compartimentados, sua completa falta de receio de desagradar. Confesso que gostaria muito de ouvir um tema completo, com começo, meio e fim. Mas pelo que estou percebendo, o que vem dele, já está escrito. Ele já deixou sua herança nas dezenas de livros, centenas de artigos, um sem número de aulas por esse mundo.
Hoje ele falou dos pensamentos perturbadores... aliás dos benditos pensamentos perturbadores. Aqueles que nos convocam à liberdade, que nos fazem voar, criar, transformar, sair dos marasmos, das mesmices.
Fez várias comparações, amaldiçoou a grade-curricular, criticou os professores por não saberem ler, isso mesmo, por não saberem ler. Mas também lembrou que as reformas na educação devem acontecer pelas mãos dos mestres.
Mais que o conteúdo, valor muito pela presença.

Um bom final de semana a todos!