domingo, 5 de abril de 2015

Feliz Páscoa!

O motivo da nossa esperança nasce da Páscoa!

É a vitória da vida!!! A certeza de que sempre haverá um recomeço, uma possibilidade, um encontro, um sentido, um “sentir-se em casa”, acolhido, protegido, aceito, amado.
Ao invés de multiplicar as palavras, escolhi duas imagens que poderão comunicar o meu desejo de Vida Nova a todos!

A Rafaela é a alegria em pessoa! Com um olhar especial e atento nada escapa ao seu redor. Tem uma disposição incrível, e está sempre antenada com o ambiente e com as pessoas. Cada instante é uma novidade que ela saboreia intensamente. Sempre disposta a brincar, passear, degustar novos sabores, ela sempre resiste ao sono, que apenas interrompe essa inesgotável sede que ela tem pela vida. Quando acorda, começa tudo de novo e a alegria é constante! O entusiasmo fez morada nesse coraçãozinho especial, que irradia amor.

Desejo a todos o entusiasmo e a alegria da Rafaela!



A outra imagem reflete um encontro do céu e da terra, do humano com o sagrado.

O amor de mãe que gera, cuida, acolhe, protege, contagia, semeia... e o amor do filho que se deixa amar, cuidar, acolher, arriscar, inspirar, transbordar... Há uma parábola da Páscoa nesta imagem! Na serenidade da mãe e do filho podemos contemplar o amor de Deus pelos seus filhos.

Desejo que todos possam se sentir amados como o Mathias! E que esse amor se transforme em vida renovada!


Um grande abraço a todos!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Thor e Belle

Eu sabia que estava chegando a hora...
Aliás, eu até pedi que essa hora não demorasse. Ver um velho amigo sofrer faz sofrer...
Mas o pedido sempre foi acompanhado de gratidão. Como foi bom viver em sua companhia!!!
Cachorro forte, corajoso, honrava seu nome: Thor!!!
Mas por trás desse pequeno trovão também habitava um animal tímido, frágil, que não gostava nada da solidão... Mesmo ceifado de boa parte dos sentidos, sabia se orientar para locais estratégicos: o quarto da minha mãe, onde dormia; perto da pia ou do fogão, enquanto ela cozinhava; ou no tapete da sala, também ao lado dela. 
Os últimos anos não foram fáceis para ele. Com a saúde debilitada, necessitava de muitos cuidados. Já não tinha aquele vigor, mas sua dignidade foi garantida pelo essencial que vale para todo mundo e que brota do coração, o amor. 
Perdeu sua companheira de todas as horas em novembro do ano passado. Depois disso, foi entregando os pontos devagar.
Ontem, quando teve convulsões, ofereci minhas mãos e braços numa tentativa de lhe garantir alívio. Aquele abraço forte, apertado, prolongado foi para dizer que ele nunca esteve sozinho, nem nessa hora mais difícil.
Nessa tarde chegou ao fim sua missão de cão companheiro. Foi descansar onde todos seus companheiros descansam... no Campo Alegre, bem perto de rosas bonitas e cheirosas chamadas Kika, Amendoim, Rany e Belle.  Mas não vai ter planta nova em sua homenagem. Sem imaginar, eu já tinha plantado há anos um pau-brasil legítimo, que nesses dias está florescendo. É sob sua sombra que descansará esse guerreiro.
Obrigado, Thor!!! 

E a Belle...

Uma cachorrinha tão linda e educada como a Belle, só podia ter esse nome. 
Não tive condições de escrever quando ela foi morar no jardim, pois foi muito difícil. Parecia que sua força seria sempre suficiente para superar tudo. Mas não foi assim. Não é assim para ninguém. Em algum momento devemos mudar para algum jardim. No caso deles, vão de mala e cuia para o Campo Alegre. E ali continuam fazendo parte da linda natureza criada por Deus. 
Ela também foi companheira de todas as horas, principalmente da minha irmã. Incrível como  viviam em sintonia... ela podia perceber que a Sandra estava chegando mesmo quando ainda estava a quilômetros de distância... dormia ao lado de sua cama, a seguia até o banheiro e ficava de prontidão aguardando seu retorno, quando saia. E foi em suas mãos que respirou pela última vez.  Thor sempre foi seu eterno namorado. Todas as manhãs ela ia chegando perto, encostava e não se arredava enquanto ele não a lambia toda. 
Desde novembro ela foi morar no jardim e aguardava ansiosa a chegada de seu companheiro.

Por fim, não podia deixar de falar das cuidadoras desses dois amigos, Selma e Sandra.
Com elas, eles sabiam que estavam sempre em boas mãos. Noites e noites acordando para limpar sujeiras de cachorros dodóis... comida na hora certa, abrindo mão de passeios e viagens para não deixá-los sozinhos. Sem falar no carro da Sandra sempre com cheiro forte do Thor, e os tapetes de casa sempre molhados de xixi, mau hábito pelo ar... nada disso foi suficiente para desanimá-las. Quatro guerreiros, cada um da sua maneira. Com a partida de dois deles, as que ficaram merecem descanso e uma vida feliz. Que coração grande e generoso dessas duas!
Parabéns, Sandra e Selma!
Obrigado, Belle e Thor! Floresçam no jardim que agora é sua casa!!!!
Com as saudades de sempre...

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Um jovem Major chamado Rodrigo Edson!

Falar dos próprios méritos e vitórias pode soar mal, dar uma sensação de superioridade e até arrogância. Mas a verdade é que reconhecer a conquista dos objetivos pode estimular um crescimento pessoal contínuo, motivando outros a darem o melhor de si.
Vou contar a história de uma pessoa, que tem a minha mais profunda admiração pela força de vontade e disciplina na conquista de suas metas.
Receber um nome composto que sempre provoca risos ao ser pronunciado já era um prenúncio de que o menino seria notável. Afinal, será que existe algum outro Rodrigo Edson? Eu duvido!!!! Nem vou dizer os sobrenomes de pai e mãe, pois de tão simples e comuns, passariam despercebidos diante desta composição exclusiva.
Várias pontes cruzaram a vida desse garoto, que é fruto do encontro de um nordestino com uma mineira, bem no seio do Distrito Federal. Uma das maiores pontes certamente foi a que o fez vencer a timidez e passar para a outra margem, a da comunicação. Consegue atingir com sua maneira simples de se expressar crianças e idosos, que sentem prazer pela sua presença; também seus alunos que certamente se entusiasmam pela maneira apaixonada com que vive a profissão; e seus pacientes pela forma acolhedora e cuidadosa com que recebe cada um para o tratamento da saúde bucal. 
Outra ponte cruzada foi a do ostracismo para o sucesso. Quem daria algum tostão furado para aquele “garotinho do Colégio militar” que tinha o péssimo hábito de autoflagelação (risos...), machucando de propósito a própria unha do pé? Sem falar que vivia explorando o irmão caçula na venda de chup chup (din-din ou juju) nas redondezas de onde vivia. Era mais um menino no meio de tantos outros.
Apesar de ser um desportista, não foi nessa área que se sobressaiu, mas sim na acadêmica. Teve a oportunidade de escolher entre as melhores universidades públicas do país onde queria se graduar em Odontologia. Além de uma lista grande de particulares, deixou pra trás a UNESP, UNB para cursar a Universidade de São Paulo, USP, em Ribeirão Preto. Ali conquistou o primeiro lugar na lista de aprovados na primeira fase do vestibular, concorrendo com milhares de jovens de todo o país. Mas o mérito maior na USP foi ter conseguido a brilhante posição de melhor aluno do curso de Odontologia da Universidade, Turma de 2003.
Foi então que cruzou rapidamente mais uma ponte, a da graduação para o mestrado, na mesma universidade, dando sequência a sua série de conquistas.
Mas uma grande ponte ainda estava por atravessar, a da vida civil para a militar. E essa foi uma das mais árduas e que exigiu o maior esforço. Abriu mão do lazer, viagens, vida familiar e convivência com os amigos para se preparar para o concurso de ingresso para cirurgião dentista do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. A recompensa do esforço e dedicação foi coroada pela aprovação em todas as fases do concurso, tendo tomado posse no ano de 2007. 
Além disso, há algum tempo trabalha na Universidade Católica de Brasília, na formação de novos dentistas, e, em pouco tempo, já cativou seus alunos, a ponto de receber várias homenagens.
Hoje, com apenas 35 anos de idade, cultiva os merecidos títulos de Professor, Mestre e Major.

Mas o que o torna diferente dos demais é sua humildade. Vive de forma simples, sem ostentação e com a atenção sempre voltada para a necessidade dos outros.

Parabéns, Rodrigo Edson! Para você, nota 10, com louvor!!!!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Professores... e filhos!

Hoje aqui no Brasil é o dia dedicado aos professores.
É feriado escolar, dia de homenagens, reconhecimento, reivindicações.
Particularmente, acho que é o melhor título que alguém pode receber: o de mestre! Ele é imprescindível!
Esta profissão, quando é assumida como missão, tem o poder de libertar, de levar à luz aquilo que está na escuridão. De fazer renascer a cada dia para o mundo novo que o conhecimento gera.
Nesse sentido, hoje minha homenagem vai para os meus três jovens sobrinhos, Bruna, Débora e Marcelo.
Sou testemunha da seriedade com que encaram a educação dos filhos. Vejo a verdade estampada em cada gesto de estímulo, carinho, e na firmeza dos limites.
Acima de tudo vejo coragem na luta contra o “tudo igual” e contra o “quanto mais melhor”. Nos pequenos gestos, vejo uma batalha travada a cada dia para a vitória do essencial: o amor, o respeito, a simplicidade, a convivência saudável.
Nesse sentido, peço licença às meninas (Bruna e Débora), para partilhar um gesto do Marcelo com a Maria Eduarda no último dia das crianças.
De repente uma nova proposta: sugeriu à filha que neste ano o presente
fosse diferente, ao invés de “presente brinquedo”, que ela escolhesse algo para fazerem juntos: um passeio de bicicleta, um jantar... e ela escolheu brincar de boliche com o pai e amigos.
Parabéns, Marcelo! Acho que o caminho é esse. 
Não é pelo dinheiro (apenas), pois talvez algumas horas de boliche sejam mais caras que um simples brinquedo. Mas o mérito está no gesto. 
Minha intenção não é iniciar uma campanha contra o brinquedo simplesmente, mas é estimular uma busca por alternativas que concorram com a mesmice (caríssima) ditada pelos meios de comunicação. Todos os pais podem dar um passeio com seus filhos, empinar uma pipa, preparar juntos um lanche, construir um brinquedo com restos de madeira ou outro material reciclável. 
Ao contrário de ser um retrocesso, esse caminho da volta às origens, ao essencial, à criatividade, ao simples, pode ser um estilo de vida: autêntico e cheio de sentido.

Feliz dia dos professores!

domingo, 14 de abril de 2013

Minha história com o café


Quem me conhece sabe que sou apreciador do café. Apreciador só não, sou cafezeiro, daqueles que não rejeitam um só convite para saboreá-lo. Acho que tem relação com meu costume de acordar bem cedo.
Hoje prefiro café caipira, de coador de pano ou filtro de papel, encorpado, quente (bem quente), e com pouco açúcar. Mas tomo também um bom caffè espresso, o americano, o carioquinha e todos os demais (rs).
Posso até tomar café sozinho, mas prefiro acompanhado por uma boa conversa. E meus dias sempre iniciam com café, na maioria das vezes acompanhado por minha mãe. Depois do café estou preparado para enfrentar qualquer missão.
Por algumas ocasiões tive que interromper esse prazer por conta do cuidado com os dentes, pois ele é um dos maiores responsáveis pela pigmentação e alteração da cor branca dos mesmos.
Acabei de passar por num período desses. No início e por alguns dias cheguei a sentir um pouco de dor de cabeça, mas depois o organismo foi se acostumando. Só suportei pela certeza de que iria novamente poder saboreá-lo.
Para além de tudo isso, o café para mim é sinônimo de encontro. A degustação começa na preparação, no manejo do pó, do coador... seguido pelo aroma que inebria. Sorver o primeiro gole então é inexplicável.
Pra mim não importa o lugar, se na casa dos meus vizinhos aqui da rua, na Galeria Vittorio Emanuele, em Milão, ou a Piazza San Marco, em Veneza. Se nas madrugadas da casa da Clara (e minha) em Asola, na companhia do Niccola antes de ir pro trabalho, na casa da minha amiga Sheyla em Medellin (Colômbia), que o prepara aromatizado com canela ou cravo, ou na casa da minha mãe nas incontáveis manhãs...
Tenho uma vizinha que de vez em quando me liga para convidar para o café quentinho que acabou de coar... e, é claro! Eu sempre aceito.
Sem falar na coleção de cafeteiras italianas, cada uma com uma história. Hoje, em homenagem ao dia do café, inauguro uma que promete um café cremoso. Trouxe no ano passado e resisti aguardando uma ocasião propícia.
Não posso nem imaginar como seria sem pelo menos o café preto das primeiras horas das manhãs. O vigor do sabor, o aroma, a conversa, o silêncio acompanhado. É quase um ritual que para mim deve ser cumprido diariamente.

Viva o café!!!


domingo, 31 de março de 2013

Feliz Páscoa!


Parábola da criança feliz


“O Reino de Deus é comparado a uma criança que saiu para brincar...
Enquanto brincava recebeu a promessa de uma aventura no balanço da árvore gigante de jatobá.
A criança continuou a brincar, mas seu coração batia cada vez mais forte ansiosa pelo cumprimento da promessa.
Chegada a hora integrou a pequena expedição passando pelo galinheiro, curral,  pedindo licença às vacas e bezerros que guardavam o balanço.
O coração não cabia no peito enquanto cada amiguinho experimentava a emoção do balanço.
Olhava admirada e já se imaginava voando...
Quando chegou sua hora parecia inacreditável. Se acomodou sem medo algum, preparada para saborear cada momento.
E quando tirou os pés de chão recebendo os primeiros impulsos, começou a voar, voar, voar... numa mistura de realidade e sonho.
E seu agitado coração de criança ardeu no peito de tanta alegria... ela não sabia, mas naqueles instantes experimentou um pouco da eternidade... do céu!
E a alegria foi tanta, que preencheu todos os espaços não sobrando lugar para medos e tristezas!
E o melhor de tudo foi que recebeu a promessa de balançar no pé de jatobá sempre que quiser.
A criança voltou para casa feliz, e toda noite antes de dormir fecha os olhos e se lembra da emoção de voar, voar, voar...!"

Através da alegria da Fernanda no balanço desejo a todos uma Feliz Páscoa!!!

terça-feira, 19 de março de 2013

Teatro del Silenzio


"Io la vedo questa terra, la sento premere sotto i miei piedi.
Questa è la mia terra.
Una terra che, come me, ama il silenzio.
E se con la mia voce rompo questo silenzio, lo faccio per rendere omaggio a questi luoghi e alla mia gente.
La musica penetra la terra, la percorre e vola lontanissima. 
E' un messaggio d'amore."

                                                       Andrea Bocelli




E se nós pudéssemos quebrar o silêncio para acrescentarmos um pouco de beleza, esperança, alegria e entusiasmo à vida????

Quebrar o silêncio pressupõe estar primeiro em silêncio, exterior (mais fácil) e interior (mais ousado).
Tomar gosto pelo silêncio é dar a si mesmo a possibilidade de mergulhar com profundidade no mar misterioso da vida.
Ele é a ponte que torna possível a travessia entre as coisas superficiais e aquelas que carregam um significado maior e que, por isso mesmo, nos faz descobrir o sentido da nossa existência.

Mas como esse não é nenhum tratado sobre o silêncio, vou direto ao ponto.
É apenas uma sugestão para quem for a Itália. Na Toscana, no caminho do mar da Ligúria, está Lajatico (pronuncia-se “laiático”). É a terra do autor da bela voz, Andrea Bocelli.
Demorei a encontrar no mapa, mas a insistência valeu a pena. Foi uma tarde maravilhosa de inverno, passeando pelo vilarejo e pelo magnífico Teatro do Silêncio.

Vale lembrar que os shows do Bocelli acontecem no verão europeu.
Já descobri que neste ano será no dia 13 de julho, e cantará músicas do novo álbum “Passione”.