terça-feira, 31 de maio de 2011

Saramago no Campo Alegre



Esta frase do Saramago traduz bem uma grande realidade: nossa vida é carregada de possibilidades. Acontece que muitas vezes queremos preenchê-la com coisas, como de fosse um depósito, um baú. Achamos que agenda diária repleta de “compromissos importantes” justifica o cansaço e santifica o repouso. Colocamos na nossa cabeça que estudar sem parar é a garantia para não ficarmos para trás na luta pelos primeiros lugares, ou para mantermos nossa utilidade. E a lista das coisas importantes que não podemos deixar de fazer é imensa. No meio dela nos perdemos do essencial que está bem ao nosso alcance, e que encontramos na simplicidade: curtir a família, cultivar os amigos, saborear uma novidade, ler um livro impresso ou virtual, ouvir música, caminhar, ficar sem fazer nada, cantar...
Esta frase está exposta permanentemente no Campo Alegre, para lembrar que nossa vida não está totalmente escrita. Pelo contrário, vamos escrevendo a cada dia. Que podemos começar o próximo capítulo a partir de agora.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Era uma vez uma cachorra chamada Rany...

                                          
...bonita, grande, forte, saudável, fiel e feliz. Pertencia à família dos rottweilers, por isso era feroz, de aparência ameaçadora. Mas a encantadora Rany nunca agrediu ninguém fisicamente, apesar de latir para proteger a si e aos moradores do Campo Alegre. Conhecia cada palmo daquela terra e cada som daquele rincão. Pelo menos uma vez foi mãe e agora, na velhice foi surpreendida por uma doença que a derrubou. Devagar parou de pular, de latir, de comer, mas restou o olhar. Esse sim sobreviveu até o fim. E desse olhar entristecido confesso que fugi algumas vezes. É sofrimento demais perder para o próprio sofrimento. E aquele olhar pedia socorro, pedia ajuda. E nós não podíamos fazer muito mais do que estávamos fazendo, principalmente sua dedicada enfermeira, Sandra. Demos carinho, atenção, remédio, prioridade... mas hoje o que demos foi permissão para ela descansar. Foi com a nossa gratidão. Foi com nosso carinho. Morreu em nossas mãos e aos cuidados de bravos veterinários.
Com ela voltamos para o Campo Alegre. Ali é sua casa. Preparamos seu lugar no jardim. Ali ela dorme um sono merecido, em paz.
Silêncio.

                                           Rany descansando nos últimos dias

sábado, 28 de maio de 2011

Companheiros de estimação!


Somente quem tem um animal estimado pode dizer o que eles representam. Para alguns eles surgiram de repente, para outros fazem parte de um projeto decidido em família. Uns preferem animais de raça, outros não têm tempo para escolher, são escolhidos como foi o caso da Mafalda, que escolheu o Ricardo e a Mirela para dar sua parcela de alegria na vida deles. E olha que essa charmosa gatinha paulistana, hoje mora no Canadá. Vocês vão conhecer a história dela narrada pelo próprio Ricardo.
Também vão conhecer a história do Bolota, fiel cachorro da Carolina. E outras tantas.
“Alguns cachorros e gatos são lindos, mas os vira-latas são imprescindíveis.”
Me chama atenção principalmente os vira-latas companheiros dos moradores de rua. Que fidelidade! Que cumplicidade! Que companheirismo! Numa das manhãs frias da cidade de São Paulo, presenciei um nômade de rua levantando acampamento na 24 de Maio. Primeiro saiu um cachorro, depois outro e mais outro... acho que eram 5. Todos devidamente agasalhados com roupas improvisadas, mas que aqueciam. A felicidade era visível.
Já faz um tempo que estamos com cuidado especial com a Rany, cachorra que ajudou por muito tempo a cuidar do Campo Alegre. Está dodói, e tudo indica que logo irá dormir um sono longo. E se transformará em mais uma flor no jardim do Campo Alegre. O sofrimento e a tristeza desse momento ajudam a enfrentar os outros sofrimentos e tristezas da vida. Nossa gratidão a ela é cuidar bem, tentar evitar a dor, ficar perto.
Tenho visto muitas campanhas de adoção, e acho isso formidável, pois têm muitos bichinhos querendo trazer alegria para nossas famílias.
Ânimo, coragem! Vale a pena! Nem vou postar aqui os links de locais para adoação pois são muitos e em todas as cidades.
Ainda hoje vi um cartaz na frente de uma casa na rua que minha mãe mora: “doa-se filhotes de cachorro”.
Quem quiser contar a história de seus animais agregados, postarei aqui com prazer.
Ah! E não discrimino os de raça não, é que prá esses a vida é mais fácil. Os vira-latas muitas vezes lutam pela sobrevivência. Tanto é que são doados, e não vendidos.

Uma gata chamada Mafalda!


                                                   fotos: Caio Molina                                  
            
“Olha, tem um monte de gatinhos ali!!!” Essa era a frase que a Mi me dizia quando passávamos em frente à uma feira de adoção de gatinhos voltando pro nosso apartamento, após nossa perambulação habitual pelas padarias da Bela Vista nas manhãs de sábado da capital. Naquela época nossos planos de mudança para o Canadá, que já estavam avançados, nos impediam de entrar, olhar, apaixonar e adotar uma daquelas pestinhas que ficavam se esfregando nas grades e fazendo charme quando passávamos. Sempre pensávamos no que iríamos fazer com um gato no momento de mudar de país, pois sabíamos um pouco dos desafios que nos esperavam: arrumar apartamento, trabalho, onde ficar com um gato, como levar um gato de um país a outro etc...  Tínhamos sempre uma lista de detalhes que nos deixavam cada vez mais longe de um bichano. 
Até que num desses sábados, contamos com o abençoado incentivo da mãe da Mi que nos encheu de coragem dizendo:  “Porque vocês não vão lá olhar? Afinal vocês gostam tanto...”
Dito e feito. Entramos na tal feira de adoção de gatinhos. Um lugar pequeno. Uma veterinária que com seu grande coração emprestava seu pequeno espaço para um grupo de heróis que recolhiam das ruas, tratavam e tentavam encontrar uma família pra alguns dos inúmeros bichanos perdidos e abandonados da cidade de São Paulo. Lá dentro olhávamos pra aquela gataiada tentando sentir qual seria o escolhido, mesmo sem saber ao certo o que faríamos com ele no momento da grande mudança.  Tentávamos brincar com alguns, pegávamos outros no colo, estudávamos as reações dos bichos, tudo pra tentar encontrar uma afinidade.  Num determinado momento, enquanto a Mi tentava “fazer amizade” com um gato, eu que estava com um braço encostado numa grade (um dessas jaulas que eles usam pra transportar os bichanos) senti “alguém” me cutucando, e quando olhei, era uma gatinha toda tranquila que se sentou na minha frente e ficou me olhando. Logo chamei a Mi e a mãe dela que já havia percebido o jeito especial dessa que em alguns minutos depois estaria conosco em casa. Neste dia, entendemos que na verdade, nós fomos os adotados. Mafalda ganhou esse nome por ser preta e branca como a Mafalda do Quino, e assim, passou a fazer docemente parte de nossas vidas.
Nos primeiros dias Mafalda parecia nos agradecer o tempo todo pelo novo lar e companhia. Era só alguém sentar no sofá, ela pulava no colo pra ganhar carinho. Com o tempo descobrimos que alguns pensamentos sobre gatos não passavam de mitos.  A história de que todos os gatos são traiçoeiros e que preferem a casa a seu o dono, passou a ser um mito quando percebemos o ritual que se repete até hoje. Quando chegamos em casa do trabalho, sempre temos dificuldades em abrir a porta, pois ela esta deitada na frente nos esperando. É sempre o mesmo ritual: entramos em casa, ela nos olha, mia, se esfrega na gente, e toda manhosa se joga no chão e espera carinho. É claro que ela adora a casa, ela conhece cada canto, se espreme pra entrar em todos os espaços possíveis, mas nos acompanha o tempo todo, corre no quarto para nos acordar de manha, só vai dormir a noite quando todo mundo vai também, deita no chão da cozinha enquanto cozinhamos e conversamos...
Vimos também que é verdade que gatos são temperamentais e não estão 24 horas por dia querendo a sua atenção. Mafalda pede carinho quando ela quer, mas adora também curtir seu tempo sozinha sem ser incomodada. E quem não gosta?
E a mudança pro Canadá aconteceu, e claro, todos os medos e receios de trazê-la ficaram pequenos depois que percebemos que ela já fazia parte da nossa história. Mafalda não só veio junto como nos ajudou muito no processo de adaptação por aqui. No ínicio nossas jornadas eram bem cansativas, afinal tínhamos que nos adaptar a uma nova língua, uma cultura diferente, o clima e todas as novidades de um país desconhecido para nós. Chegávamos em casa no final do dia exaustos, e encontrar Mafalda  deitada na porta nos esperando pra fazer todo ritual de carinho e boas vindas era gratificante.
Podemos dizer que Mafalda nos enche de alegria, confirmando que tivemos uma ótima ideia de adotá-la, e encorajamos todos que queiram a fazer o mesmo.”
                                                                                                           Ricardo Segantini, Canadá 


                                                               Ricardo, Mafalda "se sentindo" e Mirela

quarta-feira, 25 de maio de 2011

"O segredo é não correr atrás das borboletas..."



          clique na foto para ampliar

Nosso esforço, perseverança e disciplina têm muito valor. Muitos dos frutos que colhemos dependem deles. Trata-se do “fazer a nossa parte”. Devemos cuidar dos nossos projetos para que eles possam ser realizados. Desde um jantar que preparamos para receber os amigos, até os maiores desafios profissionais, por exemplo. É tudo passo a passo, prestando atenção nos detalhes, cumprindo cada estágio. Mas o resultado chega. Nem sempre da forma que queremos, mas muitas vezes melhor do que esperávamos. A vida é assim, cheia de surpresas. Uma coisa é certa, nossa participação ativa na construção dos sonhos, dos projetos e dos jardins é imprescindível... e as borboletas virão, das mais diversas cores e tamanhos.


terça-feira, 24 de maio de 2011

Um brinde às terças-feiras!

Ontem algumas pessoas comentaram sobre as segundas-feiras. Parece que para a maioria ela tem um peso diferente dos outros dias. Como dizia a Mariana, com ela vem o receio das incertezas, coisas boas ou ruins que podem acontecer. Ou, como disse o Rodrigo, é momento de verificar os projetos de vida. Mas uma coisa é certa, ela é marcante. Por conta disso, todo final de segunda-feira tem um pequeno gosto de vitória: a semana começou, tudo está novamente engrenado, o hábito do trabalho e do cumprimento de horários foi retomado, e estamos vivos!!! Então, as terças-feiras chegam para coroar essa sensação, elas têm um ar de alívio.
Na verdade os dias da semana têm sua marca. Parece que o sol do final de semana tem um brilho diferente. O entardecer da sexta-feira, comparado ao do domingo carrega em si um espetáculo peculiar. O amanhecer do sábado comparado com o da criticada segunda-feira parece até de outro sol. Mas o sol, a lua, a brisa, o vento, a garoa, o calor e o frio não escolhem os dias, apenas realizam num ritmo admirável sua missão natural.
Acho que tudo seria diferente se a gente se acostumasse a celebrar diariamente o dom da vida, a alegria de ter família, trabalho, amigos, um lar. Se na nossa agenda diária tivesse um tempo reservado para a conversa, prática de atividade física e diferentes formas de lazer, além do trabalho e afazeres domésticos, seria bom demais. Se a segunda-feira fosse dia do prato preferido no jantar, a quarta-feira dia de reunir os amigos para jogar ping-pong, a quinta-feira dia de leitura ou filme etc, os dias seriam esperados com mais prazer. A segunda-feira seria bem-vinda se viesse acompanhada de alguma coisa que realmente gostamos. Bem, a dica está lançada. Vamos usar a criatividade e carpe diem.

domingo, 22 de maio de 2011

Um brinde às segundas-feiras!

Ao contrário do que parece, a segunda-feira carrega em si o poder da renovação, do recomeço. Muita gente resiste a esse dia. Chega a ter ansiedade quando se aproxima, pois com ele vem o trabalho que nem sempre é prazeroso, o vencimento de contas, cumprimento de compromissos, o contato com a realidade mais dura, diferente daquela do final de semana.  Mas é na segunda-feira que a gente começa dietas e regimes, com esperança de ganhar saúde e beleza física. É geralmente nesse dia que começamos um trabalho novo, com todo vigor diante do novo desafio. Às segundas-feiras começamos, inclusive, a contagem regressiva para o próximo final de semana.

Então, viva as segundas-feiras e boa semana prá todos!


Nada melhor para propor que um artigo sobre o desafio, escrito pelo professor e administrador de empresas Valdo Garcia Filho.

"Não sobe, senão você cai..."

"Aí Bianca sobe, e quando chega no topo diz: não caí...
Essa é uma criança movida a desafios, e tem todas as chances de se tornar um adulto de sucesso, buscando realizar coisas, com riscos calculados e quando chega onde queria, diz, mesmo que seja prá si mesmo: não caí..."

Vejam o artigo completo na página "falando sério".

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Uma flor no Campo Alegre de Deus


D. Laura se estivesse aqui conosco estaria completando 96 anos de idade hoje, 19 de maio. Mas aos 80 anos foi morar com Deus.
Essa mulher forte, viúva muito cedo, mãe de 5 filhos, batalhadora, honesta, humilde, marcou a vida de todos que a conheceram.
A imagem de uma galinha com seus pintinhos talvez seja uma boa comparação, pois até o fim de seus dias era provedora de carinho, de colo, e também das pequenas necessidades dos filhos e netos. Ela acodia todo mundo. Era fonte inesgotável. O colo dela era imenso, pois agasalhava todos os netos. O pouco dinheiro que tinha se multiplicava, pois sempre tinha uma reserva para uma emergência. Se meus irmãos, tios e primos lerem o que escrevo, vão concordar comigo.
Nasceu no campo. Viveu na roça. Seu corpo foi marcado pelo sol. Sempre acordou antes do sol nascer. Cruzou a viagem da sua existência com dignidade, sacrifício, trabalho e se abundou com o que há de mais sagrado: a vida e o amor. A vida, pois por causa dela nós estamos aqui. Filhos, netos, bisnetos, e hoje tataranetos que nem a conheceram. Amor, porque foi isso que plantou. E colheu. Deu e recebeu amor demais! Amou tanto que hoje seu amor continua. E o amor que sentimos por ela é eterno. É o que nos mantém unidos. É o que faz com que sintamos a sua presença ainda hoje. O amor é a ponte pela qual somos ligados.
Minha avó me fez acreditar no que as mães sempre dizem: que amam todos os filhos e netos com a mesma intensidade.
Era mulher simples. Fazia pratos maravilhosos com aquelas mãos habilidosas. Sabia trabalhar com o algodão e com a lã de carneiro. Ainda temos cobertas tecidas por ela e mantemos sob o olhar vigilante a roca de fiar. Sabia fazer farinha de mandioca, pamonha e essas iguarias que hoje a gente compra pronto e nem sabe como se faz. Sua flor preferida eu acho que era o cravo. E, dentre tantas coisas, era minha companheira de chá...

                                                                                                 clique na foto para ampliar

Aqui falo um pouco da minha experiência. Minha relação com ela foi muito forte. Intensa. Ela marcou demais a minha vida e da minha maneira procurei viver esse amor entre vó e neto da melhor forma. Se ela oferecia colo para todos os netos, lhe ofereci o meu muitas vezes. O engraçado é que ela ficava um pouco constrangida no começo, mas adorava, eu sei. Esses momentos foram maravilhosos! O neto pegar a vó no colo pra conversar, balançar...
Dentre tantos momentos marcantes eu escolho os que tivemos ao redor do chá. Essa chaleira da foto continua em minha casa sobre o fogão (sempre ali). É um sinal visível de momentos que marcaram nossas vidas. Me esperava chegar da faculdade para tomarmos juntos um chá e conversar. Às vezes todo mundo já dormia e nós dois ali, num chá com conversa. Colo. Chá. Alegria. Amor. Saudade. Até que num dia de inverno ela foi morar com Deus. Foi, mas também ficou. Seu lugar está preservado aqui no meu peito, na minha memória. E sei que é assim para toda a família.
Hoje ela é uma flor do Campo Alegre de Deus. E junto Dele, olha por todos nós. Por que eu acredito assim, que quem ama, quando morre ama ainda mais. Quem cuida, quando está com Deus, cuida ainda mais. Quando morremos o melhor de nós é multiplicado.
Na despedida, recebi uma carta de uma grande amiga. Aliás uma amiga muito especial, a Thalita. Ela não esteve presente mas me enviou suas palavras e seu coração. Carta que li, reli, e que me fez chorar muito. É essa carta da foto. Depois daqueles dias nunca mais reli. Mas ela esteve todos os dias comigo. Ficou guardada esses anos todos na minha carteira. Aliás, nunca saiu dali. Foram 16 anos. Foram tantas carteiras. Só era retirada de uma carteira para ser transferida para outra. Viajou comigo por esse mundo. Esteve comigo em todos os lugares e momentos. Trabalho, passeios, encontros, despedidas, alegrias, tristezas, anos após ano.  Hoje a retirei da carteira. De tão surrado, o papel está rasgado. Mas aquela folha de papel continua com um valor imenso. E hoje eu vou reler. Depois de 16 anos. E vou brindar à minha vó, pela sua vida!
Não me lembro de tudo que está escrito nesta carta. Mas algumas coisas permaneceram. A Thalita falava do cheiro, do olhar, do toque. E tudo isso eu ainda tenho guardado. O cheiro do cabelo, a textura da pele, o timbre da voz, o olhar profundo e verdadeiro. Depois de hoje, a carta vai voltar pra carteira...e continuar comigo. Vai continuar sendo um sinal físico do que acredito com o coração, de que está sempre comigo.

Minha querida vó Laura, quero lhe dizer que nosso amor continua. Ele é tão grande que é capaz de cruzar a fronteira que nos separa. Ele é tão eterno que é presente, e se mantém nas novas gerações. Sabemos que está com Deus, viva, e junto com você continuamos sendo uma família feliz, completa. Parabéns!”

Com amor. Muito amor.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Testemunho de mais uma mãe, aliás, uma "madre".

"... para mi ser madre es recibir a Jesús en mi vientre y en mi hogar... servirle, limpiarle, alimentarle y amarle en mis hijos cada día. Dios mío, hijo mío. Qué experiencia tan grande de amor y de donación. Qué misterio que se desarrolla en cada niño."

                                                     Pablo, Loreto, Felipe y Sebastian.

Loreto é uma amiga chilena que conheci em 1991, quando estive pela primeira vez no Chile. É diretora de um grande colégio localizado na periferia de Santiago. Logo vamos conhecer sua experiência de trabalho e missão.

terça-feira, 17 de maio de 2011

“O menino, a favela e as tampas de panela.”

Esse vídeo é bom demais! Usei muito com meus companheiros de trabalho e alunos. Como a vida feliz e criativa pode brotar em qualquer canto! Quando trata-se de crianças o entusiasmo e alegria acontecem com tão pouco. A grande pena é que nós adultos tentamos preencher todo o espaço da vida delas com coisas que julgamos importantes, sérias e até imprescindíveis. Mas as crianças precisam mesmo é de amor, atenção, brincadeira, cuidado responsável e limite. A lacuna da falta do carinho e do amor não é preenchida por cursos, brinquedos. As atividades extra-familiares têm também sua importância, mas são complementares na minha opinião.
Quem não se sentiu tocado profundamente pela propaganda do anjinho da guarda no tema da pedofilia? Triste demais!
Vamos cuidar das nossas crianças para que tenham a alegria do Guilherme, Maria Eduarda, Êmily, Fernando, Laura, Fernanda, Natália, Benedetta, Ariana, Andrea, Giorgio, Mirko, Filipe, e tantos outros.


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pagando a promessa

Aí está a foto da Arlete. Agora só falta a entrevista. Prá quem não conhece, é só dar uma olhadinha na página "causos".

domingo, 15 de maio de 2011

Sobre balanços...


Acho que aprendemos o valor do balanço ainda muito cedo, quando somos embalados para dormir. O primeiro grande balanço é o colo da mãe. Um balanço suave, terno, do nosso tamanho, que nos ensina o caminho do sono e dos sonhos de uma maneira muito prazerosa.
No Campo Alegre tem balanço espalhado por todo lugar. E não são apenas as crianças que buscam os balanços, mas “gente grande" também. Só que adulto às vezes tem receio, resiste um pouco ao encanto e à viagem que nos leva o balanço. Mas quando se entrega o resultado é surpreendente: pode experimentar de novo o colo da mãe, do pai, e aquela inocência e confiança de criança.
E mais ainda: o vai e vem do balanço pode curar tristeza, desânimo ou simplesmente favorecer momentos agradáveis. 

                                           Balanço para a família toda, no Campo Alegre

                                           Balanço a dois

                                           Família de peso, testando o balanço

                                           Madrinha Sandra e Guilherme

                                           Carlos e Bruna ensinando ao Enzo como é bom balançar

                                           Carlos José se divertindo ainda mais que o Guilherme

                                           Guilherme saboreando a vida 

                                           Balanço para visitas...

                                           Meu irmão Cristiano balançando no pé de Jatobá

                                           Maria Eduarda e Êmily: conversa séria no balanço


Pensando em comunicação...


Cada um se comunica como quer, pode ou sabe... (1)

Essa história de comunicação é um desafio, pois nem sempre o que comunicamos é realmente o que queremos expressar. A gente esbarra em muitas barreiras, nossas e dos outros. Para comunicar profundamente é necessário expressar de forma clara, em códigos e sinais decifráveis pelos demais. Com relação aos outros é preciso abertura, acolhimento, atenção. Sem isso corremos o risco de não comunicar. E quando não há comunicação, o ambiente pode ficar tenso, confuso, embaraçoso, as pessoas vão se isolando, se distanciando, acumulando chateações e até rancores.
As linhas mais comuns de comunicação são aquelas entre pais e filhos, irmãos, marido e esposa, amigos entre si, chefes e subordinados, colegas de trabalho.
Dentre as muitas barreiras da comunicação destaco o medo como uma das principais. O medo de expressar a verdade impede que a comunicação aconteça. E uma das causas na minha opinião é a hierarquia. Está estabelecido que o pai manda no filho, o patrão manda no empregado, o amigo mandão coleciona súditos, etc etc e muitas eticéteras. Agora, convenhamos, quando o medo impede a comunicação todo mundo sai perdendo. Pobres dos chefes cujos subordinados têm medo de se expressar. Certamente nunca conhecerão seus funcionários e perderão muitas oportunidades de crescimento na sua empresa. E isso vale para todos. Pais, por exemplo, devem criar um canal de comunicação completamente livre com os filhos. Dessa liberdade nasce a confiança, que afasta o medo.
As palavras, faladas e escritas, são fontes privilegiadas de comunicação. Por isso cada um faz uso delas como convém. Nesta semana vi uma discussão no Jornal Nacional sobre a linguagem culta e aquela usada pela maioria da população. Uma coisa é usar a palavra para comunicar. Vale tudo, inclusive erro de grafia. Outra coisa é a fidelidade ao idioma, exigência do uso correto por conta das funções e cargos que ocupamos.
Tantas pessoas de diferentes nações se encontram para algo comum, e, na ausência do idioma único, vale a tentativa, a iniciativa, o desejo de comunicar de forma que o outro compreenda. Aí entra uma outra fonte privilegiada de comunicação: a linguagem dos sinais. Para além das libras, esta forma de expressar passa pelos olhares, gestos. Olhares que significam “eu te amo!”, ou “socorro!”, por exemplo. Quem Nunca se comunicou dessa forma? E olha que às vezes os olhares e os gestos superam as palavras. Podem ser mais verdadeiros. Muitas pessoas proferem palavras que traem o que levam no coração, na vontade. E não deveria ser assim.
Hoje as redes sociais surgem para estabelecer uma nova forma de comunicação. Quem cria um Orkut, facebook, quepasa, twitter, msn está querendo comunicar. Quer partilhar, ser notado, cultivar amizades. Todo mundo tem direito de mostrar para quem quer que seja: “estou amando”, “cansado”, “...de férias”, “pensando”, “zzzzzzzz”, “revoltado”, “que dia!”,O Senhor é meu pastor!”, “Deus é mais!”, e assim por diante. Essas palavras postadas no msn ou as pequenas frases no twitter são formas escolhidas por algumas pessoas para darem seu recado. Tem gente que não gosta de nada disso, e chega até a criticar. Acontece que ninguém foi feito para viver sozinho, isolado. A Mari Gadú, cantora paulistana de voz e composição admiráveis, revela no “extras” de seu DVD, que não gosta de viver sozinha, mas de “dividir solidão”. Nós dividimos e confiamos nossas solidões e intimidades com os outros. O nosso tesouro interior fica maior quando isso acontece.
Uns mais, outros menos, todo mundo gosta de receber um elogio, de ser reconhecido, valorizado, admirado, lembrado. Só não vale depender disso prá viver, pois isso poderia gerar uma instabilidade na nossa vida. Não é verdade que a gente fica mais feliz e mais animado quando se sente querido, valorizado?
Jesus, que foi um grande comunicador, comparou o Reino de Deus como um pescador que tem uma pesca farta, o fermento que faz a massa crescer, o colecionador que encontra a pedra mais preciosa. Eu completaria, o Reino de Deus é comparado ao compositor que faz uma música que chega aos corações, uma cozinheira que faz um prato que satisfaz todos convidados, um jardineiro que cria um ambiente que atrai as pessoas, pássaros e borboletas. A alegria que brota daí é comparável ao Reino de Deus! A comunicação gera liberdade e alegria quando de fato acontece.
“Eita, ferro!” como dizem os brasilienses, esse texto tá ficando muito longo. Coloquei (1) no título, pois é um assunto que gostaria de aprofundar.

Nesta semana vamos caprichar na comunicação, seja através das palavras, dos gestos ou dos olhares.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

O desconhecido não é um inimigo... é o próximo!

"Siempre en mis viajes de micro pienso por qué la gente no se dará un espacio para hablar, por qué no se puede hablar con alguien simplemente por hablar sin espantar. Hoy compartí mi viaje con un desconocido, quizás no lo vuelva a ver nunca más, pero si no tuviéramos tanto miedo a relacionarnos con los demás quizás los viajes serían más agradables, como el que tuve hoy con mi desconocido."

Esta é a experiência de minha irmã chilena Gabriela, uma jovem de apenas 18 anos, que acabou de ingressar no curso de psicologia. É preciso desfazer os muros invisíveis que nos rodeiam e distanciam das pessoas. Nossa capidade de criar pontes é muito maior que pensamos.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Milhões de vozes e imagens.

São Paulo. Passava das 10h da manhã de hoje. Depois de sair de uma das salas do Tribunal de Justiça, e enquanto aguardava o elevador, ouvia uma animada conversa entre colegas de trabalho. Era impossível não ouvir, pois falavam em voz alta. E quem estava na berlinda era um colega ausente que, pelo visto, estava trabalhando ali há pouco tempo. Falavam do despreparo, da preguiça, falta de força de vontade de aprender e blá blá blá. E não paravam mais. E eu ali, diante do elevador, não querendo ouvir, mas já indignado com o que ouvia. E quem estava no corredor também se tornou ouvinte daquele desabafo. Não agüentei, voltei até aquela sala e perguntei porque se achavam no direito de falar daquela maneira de alguém que estava ausente.  Silêncio. Meu e deles. Acho que o mais inflamado levou um susto. Talvez tenha ficado indignado. Talvez tenha tido vontade de ir atrás de mim tirar satisfações. Mas não foi. Falar demais, e de maneira desordenada é muito arriscado. A gente pode ficar constrangido ou até humilhado. Santo Inácio de Loyola fala do valor da humilhação, e de uma maneira clara e libertadora, mas isso é assunto prá outro momento.
Sai a pé do Pátio do Colégio e fui para o Palácio da Justiça. Pensando, observando. Me chamou atenção como naqueles inúmeros pequenos negócios, bem ao lado das colunas financeiras do Estado, a vida borbulha. Num beco que vende ervas medicinais uma mulher explicava os poderes do chá de boldo, mais à frente um vendedor de frutas separando em bandejas bagos de jaca. Tudo muito misturado, mas situado. Aquelas diferenças são naturais... “Chinelos de dedo”, alpargatas e artigos de marca registrada na China, lado a lado com Yves Saint Laurent, Prada, Nike.
Mais adiante, na faixa de pedestre concorridíssima entre o Palácio e o Fórum João Mendes, funcionários da prefeitura com pequenas faixas. Algo como “aguarde sua vez com paciência...”. Ao abrir o sinal a faixa era destinada aos condutores dos veículos, com frase no sentido de respeitar a faixa de pedestres. Estava admirado com essa iniciativa. Mas, acreditem! Com todo esse cuidado, um casal com filho de uns 2 anos que era levado no cangote do pai, se atreveu a cruzar com o sinal piscando... e quase assisti a um atropelamento terrível. Ao meu lado muitos comentários. Isso é interessante. Todo mundo emite um juízo imediato. E cada um com um critério. Para além de estar certo ou errado, isso é muito melhor que a indiferença!
Decidi entrar na Saraiva e ali na calçada um senhora muito perturbada gritava e depois emudecia. Isso repetidas vezes. Parecia grito de socorro. Na total ausência de lucidez aquela mulher deve ter ajudado a acender muitas luzes. Fiz questão de olhar ao meu redor de novo. Enquanto em outras ocasiões vi gente zombando, ali era diferente... as pessoas passavam e fitavam aquela mulher com seriedade, com pena, com indagações... Enquanto gritava ela se voltava toda para fora, para o céu... e quando silenciava parecia olhar para o nada. Impossível notar e ficar indiferente.
No final do dia, principalmente numa cidade grande, difícil não permanecer com tantas imagens e vozes. Por isso é importante voltar para casa, para o nosso lar, doce lar! Ali as vozes vão se calando, as imagens se distanciando...a gente respira fundo e adormece. No dia seguinte, muitas vozes e imagens...

domingo, 8 de maio de 2011

Dona Selma, a minha mãe!

Esta é a minha mãe, com 69 anos completados nesses dias.
Uma mulher especial, forte, dedicada, de bom humor e surpreendente.
Não faltará ocasião para escrever um pouco mais sobre ela. Hoje, quero agradecer a Deus pelo presente que ela é na minha vida. Seu jeito de ser, seu olhar, seus gestos são tão conhecidos por mim e por meus irmãos. À medida que vai passando o tempo, vou me dando conta da importância que ela tem para mim, e tento retribuir através da minha presença, do meu carinho e do meu cuidado. Mas sei que tudo isso é muito pouco diante de tanto cuidado que dedicou a mim e aos meus irmãos. Isso é amor!!!


Netas famosas homenageando suas avós... vale a pena ler e assistir!

Laura Pausini

Laura Pausini é uma cantora italiana conhecida pela maioria. Numa entrevista publicada no seu site disse que suas músicas são inspiradas nos acontecimentos da vida. Por isso escreveu "Invece no" em homenagem à sua avó. Eu acho que aqueles que valorizam seus antepassados, são capazes de viver melhor a própria história. Render homenagem e gratidão aos que ajudaram a construir nossa história é uma forma de mantê-los vivos, presentes.

Forse bastava respirare
Solo respirare un pò
Fino a riprendersi a ogni battito
E non cercare l'attimo
Per andar via
Non andare via
Perchè non può essere abitudine
Diciembre senza te
Chi resta qui
Spera l'impossibile
Invece no
Non c'è più tempo per spiegare
Per chiedere se ti avevo datto amore
Io sono qui
E avrei da dire ancora
Ancora
Perchè si spezzano tra i denti
Le cose più importanti
Quelle parole che non usiamo mai
E facio un tuffo nel dolore
Per farle rissalire riportarle qui
Una per una qui
Le senti tu
Pesano e si posano
Per sempre su di noi
E si manchi tu
Io non sò riperterle
E non riesco a dirle più
Invece no
Qui piovono i ricordi
Ed io farei di più
Di ammettere che è tardi
Come vorrei poter parlare
Ancora ancora
Invece no non ho
più tempo per spiegare
E avevo anch'io
Io qualcosa da sperare
Davanti a me
Qualcosa da finire insieme a te
Forse mi basta respirare
Solo respirare un pò
Forse è tardi
Forse invece no

Invece No Tradução (Legendado) - Laura Pausini




Maria Gadú

Eu já gostava da voz da Mari Gadú, mas aos poucos fui conhecendo um pouco mais do trabalho dela. Sugiro que vejam o clipe postado no You Tube, de uma música que foi composta em homenagem a sua avó, que morreu há três anos, para quem seu DVD é dedicado. Dona Cila era cantora lírica mas infelizmente perdeu a voz após. Segundo Maria Gadú, o clipe retrata dois grandes sonhos da avó: se apresentar em um teatro municipal e desfilar como baiana na Marquês de Sapucaí. Assim, serviram de cenário o Teatro Municipal de Niterói e o sambódromo do Rio. Muito boa a participação da atriz Neuza Borges, representando sua avó. Emocionante!!! Vejam a letra da música:


“De todo o amor que eu tenho
Metade foi tu que me deu
Salvando minh'alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu
Se queres partir ir embora
Me olha da onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu to pronta
Me colha madura do pé
Salve, salve essa nega
Que axé ela tem
Te carrego no colo e te dou minha mão
Minha vida depende só do teu encanto
Cila pode ir tranquila
Teu rebanho tá pronto
Teu olho que brilha e não para
Tuas mãos de fazer tudo e até
A vida que chamo de minha
Neguinha, te encontro na fé
Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer
Ó meu pai do céu, limpe tudo aí
Vai chegar a rainha
Precisando dormir
Quando ela chegar
Tu me faça um favor
Dê um banto a ela, que ela me benze aonde eu for
O fardo pesado que levas
Deságua na força que tens
Teu lar é no reino divino
Limpinho cheirando alecrim

Dona Cila - Maria Gadú Multishow

Hoje TAMBÉM é o dia das Mães!

As partilhas das mães continuam:





"Ser mãe, com certeza nada parecido no mundo. No meu caso ganhei de Deus a Maria Eduarda, ranhetinha, autêntica, mandona, humana, minha melhor amiga, companheira, o meu pedacinho. Se eu fechar os olhos e tentar lembrar de coisas importantes q passamos juntas vou lembrar da primeira noite em casa, de acordar no dia do meu aniversário e qd abri meus olhos estava ela sorrindo pra mim e dizendo ´´Feliz Aniversário, Mamãe!``, das noites em que dormimos grudadinhas e até mesmo do colinho, do cheirinho e dos segredinhos trocados. Pra mim ser mãe é ter sempre um motivo pra viver, é com certeza o ato mais abençoado que Deus poderia ter feito na minha vida!!!" 

                                                                                                            Marcela Casagrande, Rio Preto-SP






"Nossa! Sou mãe... e agora olho, contemplo e aprecio a beleza da vida que pulsou dentro do meu seio. Sou mãe... sinto no Filipe a alegria da criação divina, do esplendor, da felicidade desejada e adquirida com sua presença filho. Vislumbro toda a vivacidade de uma criança transformada na esperança por um mundo melhor, o qual você filho ajudará a construir.
Como mãe... sinto a cada dia no Filipe a vida que pulsa forte, que brinca, que corre, que chora, que ri, que canta, que ama..."

                                                                                                                    Andréia Serrato, Rondinha-PR

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Homenagem às mães!

No próximo domingo celebraremos o Dia das Mães. Todos sabemos da justificativa de que "todos os dias são dias das mães", mas em ocasiões especiais como esta a gente tem a oportunidade de render homenagem a elas. Por isso enviei um e-mail convidando algumas mães a partilharem sua experiência, enviando foto com seus filhos. A primeira delas foi minha sobrinha, Débora, e espero que outras se aninem. Eu mesmo prometo fazer minha homenagem às minhas mães. Se algum filho, como eu, se animar a escrever, postarei texto e fotos com muito prazer.




A experiência de ser mãe é inexplicável, faz você enfrentar qualquer coisa que vem pela frente e tirar forças de onde nem imagina.Sem falar no amor que você sente que é tão grande que chega até doer o peito . Ser mãe é o presente mais maravilhoso que Deus pode proporcionar a uma mulher”.

                                                                                Bruna e Carlos, pais do Enzo, que irá nascer em junho.
           





"Mio figlio si chiama Mirko ed ora ha quasi 13 anni , posso dire di essere cresciuta con lui.
Diventare mamma è stato il dono più bello che ho ricevuto da nostro Signore.
Quando ho saputo di essere in attesa, ho avuto paura di non essere all'altezza di essere madre, ma nel momento esatto che l'ho visto e l'ho stretto a me, ho capito che avrei dato la mia vita per quel cucciolo e che nulla ci avrebbe potuto separarci.
All'inizio è stata dura, perchè mio marito mi ha lasciata per un' altra donna quando Mirko aveva solo 1 anno, ma noi due ce la siamo cavata benissimo perchè ci unisce un grande amore che ci ha dato la forza di superare ogni ostacolo.
Quando era piccolo abbiamo giocato tantissimo e passato molto tempo insieme. O dei ricordi bellissimi e preziosi e sono certa che anche lui si porterà dentro dei buoni ricordi della su
infanzia.
Secondo la mia esperienza, la cosa fondamentale per crescere un figlio è prima di tutto "amarlo con tutto il cuore", dimostrarglielo quotidianamente, dire spesso "ti voglio bene" , abbracciarlo e baciarlo ed essere al suo fianco sempre fino a che non sarà pronto a spiccare il volo verso il mondo.
Un' altra cosa fondamentale è rispettarlo come essere umano e dargli la possibilità sempre di esprimere le sue sensazioni , la sua creatività, il suo carattere senza condizionarlo ma lasciando che sia un essere libero e aperto mentalmente nei confronti degli altri e anche di se stesso.
Ora di Simona come mamma posso dire di essere cresciuta e di avere imparato moltissimo, giorno dopo giorno, sono una persona migliore da quando Mirko è nella mia vita, mi sento più completa."

Simona é um amiga italiana que conheci quando estive na Comunidade de Taizé, na França, a primeira vez.






"Imagine se reconhecer em gestos tão simples como coçar os olhinhos. Imagine vibrar a cada letrinha nova escrita num papel. Imagine aqueles bracinhos pequenos agarrados ao seu pescoço. Imagine aquele cheirinho depois de um dia inteiro de escola. Imagine que este é o melhor cheirinho do mundo. Imaginou tudo isso? Eu, um dia, imaginei que seria assim. E hoje é assim. Eu vivo tudo isso. Eu sou a mãe da minha linda Emily. E, agora, depois de tantas realizações, continuo imaginando. Imagino a alegria que será a primeira formatura. Imagino como vai ser a casa dela. Imagino quais serão as lembranças dela sobre a infância. Imagino que profissão ela terá. Imagino, imagino, imagino. Será que consegui traduzir um pouquinho do sentimento mais gostoso deste mundo? Acho que, para as mamães que estão lendo, foi fácil de entender, não é? E para quem ainda não é mãe, imagine, imagine, imagine e depois realize. Vai valer muito!!!"
                                                                                                         Elaine Datti de Moraes, Rio Preto-SP.


 




"Foram meses de espera, noites de insônia, horas de ansiedade e uma montanha-russa de emoções tudo para....... perdermos o fôlego ao vermos pela primeira vez o seu rostinho! É incrível como em seus lindos olhinhos azuis, na sua boquinha delicada e em suas bochechas rosadas encontramos tantas respostas para as nossas vidas, tanto sentido para a nossa caminhada e, sobretudo, toda a esperança do mundo para continuarmos aqui, agora ao seu lado, lhe dando as mãos nessa maravilhosa e desconhecida jornada. Meu anjinho, meu presente de Deus!"
                                                                                                                 Tio, obrigado pelo convite, te amo!

                                                                                                                  Débora C. Barcelos, Rio Preto-SP. 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Comentário do Rubem Alves sobre celulares

"...Então, guardem os celulares para serem um pouquinho mais humildes, para poderem estar mais presentes, porque uma pessoa com celular ligado nunca está presente, ela está sempre à espera de uma chamada. Isso é ruim, não é?"

Muito bom esse comentário do Rubem Alves ao iniciar uma palestra para um grupo de professores. Sem falar do risco ao usar celular enquanto dirige. Vale a dica! Vejam o texto na página "Falando sério"

domingo, 1 de maio de 2011

"O jardim dos meus sonhos"

"Tuve la dicha de ver el jardín de mis sueños, pero aún nunca me paré en su suelo, ni olí sus aromas, ni sentí su calor. Campo Alegre es el gran jardín de mis sueños, y mejor aún de lo que habría podido soñar..."

Mariana Pomies, descrevendo o jardim dos seus sonhos. Vejam texto completo clicando na página "Campo Alegre"