domingo, 8 de abril de 2012

Feliz Páscoa!

Queria ilustrar meu desejo de feliz Páscoa com uma história contada num dos livros didáticos que eu usava nas minhas aulas.
Era mais ou menos assim...

“Antigamente as famílias moravam em sistema de colônias, na fazenda onde trabalhavam. As casas eram enfileiradas, e esta proximidade favorecia a formação de pequenas comunidades rurais.
A novidade naqueles dias é que o patrão ia projetar um filme na sede da fazenda, e todos estavam convidados. Aquela notícia fez a colônia ferver de animação. Todos estavam muito ansiosos e aguardavam animados o grande dia. Zé manequinha era o mais agitado de todos, pois nunca tinha assistido a um filme, ainda mais numa tela grande, como as do cinema.
Chegada a hora todos se arrumaram com roupa nova e foram para a casa grande, numa trilha de uns 2 quilômetros. Zé manequinha foi o primeiro a ficar pronto. No entanto, sentiu falta do Vítor, um amiguinho que vivia em cadeira de rodas. Correu até a casa dele e ouviu um choro. Encontrou o menino e sua mãe, que achou melhor não levá-lo pela dificuldade do caminho. Zé Manequinha se ofereceu para ajudar e, com dificuldade, chegaram um pouco atrasados, mas a tempo de assistir boa parte do filme. E o Zé, que estava doido prá ir ao cinema, poucas vezes olhou para tela. Sua satisfação foi ainda maior vendo a alegria do Vítor, que não piscava os olhos.”

Para mim esta história retrata muito bem a alegria que brota da Páscoa: ela sempre é maior do que a gente espera! Ela é farta e chega a transbordar!
Que tenhamos a sensibilidade do Zé Manequinha, que soube se colocar no lugar do outro. Aliás, ele foi mais além, soube se alegrar com a alegria do outro.




E neste ano a Páscoa, com sabor de Vida Nova, tem a imagem da Lívia e Tadeu à espera do Fábio. Para mim estas fotos transcendem... mostram o coração e a alma da família.
                                      Feliz Páscoa!

 


                                               fotos Carolina Navarro

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Silêncio!

Estamos nos aproximando do dia do silêncio.
Sexta-feira da Paixão é o dia que fazemos memória da morte de Jesus.
Nesse dia devíamos fazer memória das mortes que nos rodeiam, que insistem em nos afastar da vida digna e feliz para a qual fomos criados.
Tomar consciência do que causa morte nos ajuda a tomar decisões para que a vitória seja sempre da vida. Como foi com Jesus.
Mas sem mastigar as ervas amargas e comer pão sem fermento é muito difícil chegar à maturidade da existência.
Jesus certamente nunca teve o objetivo de morrer crucificado. Quem acredita que estava tudo escrito dificilmente poderá crer que Jesus foi humano. E se não acredita em sua humanidade fica impedido de se identificar com ele, como irmão, filho do mesmo Pai.
Por isso, se não fizermos memória desse dia com o coração, estaremos experimentando um vazio. Hoje não é preciso celebrar a Paixão como se a dor e morte fossem a última notícia. Pelo contrário, podemos celebrar a morte de Jesus na certeza da vitória.
Mas se essas palavras não alcançarem nossa prática, também elas serão vazias. Paixão. Morte. Silêncio. E daí?
Nossa esperança mais segura vem da vitória de Jesus. Com ele podemos ter como última notícia a Vida Plena.
Tristezas, angústias, medos, incertezas, ambiguidades, doenças, pobreza, perdas, dores... nada, mas nada mesmo pode substituir a vitória da vida sobre a morte.
Por isso um bom exercício para a Sexta-feira da Paixão é descobrir se há em nós algum sinal de morte. Para isso o silêncio de Jesus nos inspira. Façamos silêncio. Deixemos calar todas as vozes para que apareça a verdade.
Coragem!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Finalmente, tortelli di zucca

Depois de muitos anos saboreando essa delícia de prato, realizei a façanha de prepará-lo. E ficou bom demais!
É o primeiro prato da Ceia de Natal, e faz parte da tradição das famílias da região da Lombardia, norte da Itália, onde mora parte da minha família.
Véspera de Natal é "giorno magro", ou seja, não comem carne. Assim, essa pasta é muito bem vinda.
A bem da verdade, nas poucas vezes que fui fora do período do Natal, fui surpreendido com o bendito tortelli. Faz parte da listas de coisas que não posso deixar de saborear  a cada vez que os visito.
Em maio não vai ser diferente. Pela primeira vez vou a Itália na primavera, e já fiz o pedido: tortelli de zucca tradicional, com manteiga, sálvia e queijo ralado.

Essas fotos foram feitas na casa da mãe da Clara, em Asola, Itália.

 
Abaixo posto algumas fotos da receita feita ontem,juntamente com minha vizinha, D. Teresa.







Macaquinhas nos galhos do flamboyant


Mãe e filha se divertiram muito subindo no flamboyant. Aliás, mãe se divertiu muito, pois a filha ficou supresa com a agilidade da mamãe macaca e muito preocupada com a altura também. Quem será o próximo a subir? Vale a pena a experiência.