sábado, 31 de dezembro de 2011

Noite da passagem...

Caros amigos!

Desejo a todos um feliz ano de 2012!
Que as suas aspirações mais profundas se realizem.
Minha sugestão para esta noite da passagem, é que busquem o essencial, aquilo que é invisível aos olhos, mas que sustenta o coração e que dá sentido à vida.
É preciso coragem para uma decisão por esse caminho.
Significa que o poder, a riqueza e o status ficarão para o segundo plano.
Em primeiro lugar virão o amor, a solidariedade, o companheirismo e a convivência.

Que Deus os abençoe!

O vídeo abaixo é um brinde às celebridades.

Feliz 2012!

Deus é o Sol da nossa vida!

“O pessimista senta-se e lastima. O otimista levanta-se e age.”

Parece bem simples. Mas não é assim tão fácil.
Durante muito tempo convivi com esta frase, acreditando que o mundo estivesse dividido, entre outras coisas, por estes estados: otimismo e pessimismo.
Mas já faz muito tempo também que me dei conta que pessimismo e otimismo podem driblar algumas verdades mais profundas.
Por exemplo: uma pessoa que apesar de todos os problemas consegue tirar proveito dos sofrimentos, das perdas e das derrotas e seguir adiante com um sabor de coragem, vitória, sempre portando a esperança, é otimista. Por outro lado, uma pessoa que passa por cima dos problemas, finge que eles não existem colocando-os de lado, sem enfrentá-los e resolvê-los, e está sempre sorrindo, com palavras positivas, frases bonitas, não é otimista. Vive fugindo da vida, e isso é quase uma covardia. Digo quase porque até para ser covarde é preciso coragem. De negar, fugir, driblar a consciência.
E os pessimistas?
Uma pessoa que passa por sofrimentos semelhantes, dores e perdas, e não têm esperança de que a situação vá melhorar não é necessariamente pessimista. Acontece que todos nós precisamos da solidariedade, da ajuda, do amor dos demais... lembram-se daquela música que falava das pegadas na areia. O sujeito pensava que ao final estava sozinho, mas na realidade estava sendo carregado no colo por Jesus. É disso que estou falando.
Todos têm o direito de fraquejar, desanimar, querer colo.
Mas aquele que em todas as situações só identifica o negativo, mesmo que as coisas boas sejam maiores e estejam estampadas, esse sim corre um sério risco de ser o pessimista.
Estou falando disso por que neste ano por muitas vezes enfrentei desânimos, como qualquer leitor desse blog, como qualquer pessoa normal. Dores, perdas, sofrimentos, impotência diante de tantas coisas.
É incrível como nossa vida não é linear mesmo. Sempre temos os altos e baixos. E é bom que seja assim. Nos altos e baixos vamos descobrindo nossa natureza humana, vamos experimentando a vida com todos os sofrimentos, tristezas e alegrias que ela pode proporcionar. E crescemos com isso.
Santo Inácio de Loyola ensinou que quando as coisas não estiverem bem, ou seja, quando estivermos passando pelo vale triste da vida, devemos manter as decisões de quando estávamos bem, equilibrados. E só depois tomarmos decisões diferentes.
É isso que faço quando experimento um desânimo, uma tristeza. Sei que Deus está sempre comigo e nunca abandona. Assim tenho motivos de sobra para enfrentar tudo. E na minha vida, Deus coloca tantos bons samaritanos.
Na verdade a frase inicial era só um pretexto para puxar esse assunto, de que todos passamos por sofrimentos e enfrentá-los ou não nunca é somente uma questão de ordem pessoal. A comunidade em que vivemos, seja ela de amigos, família, religiosa, tem muito a contribuir para nossos estados de ânimo.
Que no ano de 2012 estejamos de olhos e ouvidos bem abertos para identificarmos os sofrimentos e alegrias dos outros. Assim poderemos saborear os relacionamentos com tudo o que há de rico neles. Afinal, quem, depois de ter ultrapassado uma derrota, ou enfrentado um sofrimento, não fica mais feliz e com uma sensação de renascimento?

Esta foto abaixo foi feita por mim poucos dias antes do Natal. Pôr do sol no meio da selva de pedras da cidade de São Paulo.
É isso aí, o sol sempre vai com a promessa de voltar. E para todos. E quando a gente pensa que ele foi embora, leia-se: ‘noites tristes infindáveis’, ele simplesmente está nos mostrando a importância da luz, e como podemos nos alegrar quando ela ressurge.

Deus é o Sol da nossa vida, a luz que nunca se apaga!


domingo, 25 de dezembro de 2011

Feliz Natal!

 
Dezembro é o 12º mês do ano.
O próximo ano será 2012.
Meia-noite, horário da ceia, também é a 12ª hora depois do sol meridiano.
E nós, éramos 12, para celebrar em família mais um Natal.
Mas este ano foi especial.
Tinha o Guilherme, a Maria Eduarda e a Isadora.
As crianças asseguram a alegria e entusiasmo que dão vida às festas.
O assento do Guilherme foi pequeno demais para tanta euforia.
Não sei por quantas vezes a Maria Eduarda me perguntou pelo horário, à espera do momento de abrir os presentes.
A Isadora se aventurou na função de fotógrafa.
E nós nos adequávamos ao ritmo desses pequenos.
Saboreamos deliciosos pratos e a convivência familiar sob o som de temas natalinos ao cavaquinho.
Festa simples, mas carregada de sentido: estávamos ali para agradecer a Deus o dom da vida e pedir que o menino Jesus renascesse sempre em nossos corações.
Bem ali, no Campo Alegre, no meio das vacas, das mais diversas espécies de aves, sem falar da Belle e do Thor, montamos com nossas vidas um presépio vivo. O menino Jesus? Mais vivo que nunca no coração da família reunida e das crianças portadoras da esperança de um mundo que certamente será bem melhor.

O meu desejo é que a chama que sempre é renovada no Natal faça arder de amor os corações de todos vocês durante todo o ano!
Que da mesma forma com que nos sentimos amparados e amados pelos nossos amigos e familiares, possamos acolher e valorizar as pessoas que cruzarem o nosso caminho.

Feliz Natal!




segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A noite de Santa Luzia

Esta noite, em boa parte da Itália, todas as crianças adormecem esperando pela passagem de Santa Luzia, montada em seu burrico, badalando seu sino.
Nos dias que antecederam elas enviaram várias cartas com a relação de presentes que gostariam que ela trouxesse. Coisas simples como roupas, brinquedos e guloseimas.
Os donos da casa, para ajudar a Santa nesta árdua tarefa de percorrer todos os lares, deixam café na porta, para que ela tenha forças para cumprir sua missão.
E assim os anos se passam e a tradição continua...

Sonho messiânico, segundo Rubem Alves.

Outro dia, na minha comunidade, estudamos este trecho que faz parte do livro “Se eu pudesse viver minha vida novamente...”Acho que é o momento oportuno para partilhar com vocês.

Quero iniciar uma série de votos de Feliz Natal para todos!

 
Sonho messiânico, segundo Rubem Alves.

“Sonho messiânico: a volta ao paraíso, a política chegando ao seu fim. Pois não será esta a única finalidade da política? Produzir objetos de prazer? Não será por isso que se fazem todas as revoluções? Que haja rios de águas limpas onde se possa pescar e praias não poluídas onde seja bom nadar. Que os bosques sejam preservados, e haja pássaros e  bichos, porque sem eles o mundo seria muito triste. E nas cidades haja praças onde os velhos, os adultos e as crianças venham passear. E as panelas estejam cheias de comida, e haja casas onde morar, terra para se cultivar, lugares bons onde trabalhar... claro que muitas coisas teriam que ser transformadas. As espadas virariam arados; as fábricas de armas, não importa se para uso doméstico ou internacional, se metamorfoseariam em fábricas de tratores. Se não queremos a violência, como conviver com a hipocrisia de gerar riqueza com instrumentos de morte? As botas e as fardas, tão bonitas, seriam incendiadas, como fogueiras. E os adultos sérios deixariam aparecer as crianças que moram neles (reprimidas), enquanto os políticos, sem gravata, sem o dedo em riste e a cara indignada que é típica de seus discursos, se dedicariam ao que realmente importa: a administração do jardim, espaço aberto para o prazer.
Pois não é isso que desejamos?
E a gente, embalada pela possibilidade do impossível – uma virgem dá à luz – se entrega aos devaneios que os astros sugerem e trata de pôr um fim à loucura dos herodes que andam por aí, para que a criancinha possa viver...”

E, por falar em jardim, estas flores ao lado são do Campo Alegre, onde as palmas estão dando um show.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Presente de Natal antecipado


É nesta época que os desejos de paz, saúde e felicidade passam a ser comuns nos cumprimentos das pessoas do mundo todo.
Para minha família, dezembro veio com uma tensão por conta da cirurgia da minha mãe, no dia 6.
Por mais que houvesse confiança e otimismo, o coração sofreu e não sossegou enquanto a fase mais crítica não foi vencida.
Em ocasiões como esta vale a pena tirar proveito daquilo que parece ser apenas dor e sofrimento.
Por exemplo: o que passa na nossa cabeça quando há uma possibilidade concreta de perder alguém que se ama?
Acho que para a maioria é a pergunta: o que é importante?
A resposta é evidente: o amor, a convivência, o companheirismo, pequenas coisas que nessas horas ocupam o primeiro lugar.
Se a gente aproveitar a oportunidade que a vida sempre dá, pode tomar novas decisões a favor do que realmente vale a pena. Afinal, a gente pode perder o trabalho, a casa, o dinheiro, o status, o poder, que o sofrimento não se compara à possibilidade de perder alguém que a gente ama.
E quando o pior passa vem a sensação de alívio e uma alegria sem preço. A gente renasce.
No meio disso tudo a gente se lembra que tem uma família ampliada, que são os nossos amigos, os parentes. Receber um telefonema, um abraço, uma atenção nessas horas fortalece muito.
Hoje, na volta para casa o clima era de festa. Casa limpa, jardim renovado para receber a Dona Selma, nosso maior presente de Natal.