terça-feira, 24 de julho de 2012

“Vinde a mim vós que estais cansados e oprimidos...” (Mt 11,28-30)



Este evangelho esteve presente na liturgia da semana passada, mas na minha opinião, ele deveria estar impregnado na nossa mente para que pudéssemos nos lembrar diariamente desta promessa de Jesus, de que sempre podemos contar com Ele. E o convite é permanente. As portas sempre estão abertas e nós podemos buscar o alívio sem condições.
Todos os dias recebo notícias tristes de que alguém está passando por dificuldades, que está doente, ou que perdeu algo ou alguém. Na maioria das vezes a gente pode muito pouco. E a ajuda mais eficiente é dividir o peso. E fazer isso não significa transferir os problemas, mas oferecer e receber ajuda o bastante para permanecer de pé, enfrentando as dificuldades. Dividir o fardo pode ser encontrando alguém que nos escute com atenção, nos ajude na organização interior, ou a dissipar os medos. Pode ser simplesmente numa demonstração de que não estamos sozinhos, que somos queridos. 
Quando nos sentimos amados, a chama quase apagada volta a queimar, e com a intensidade que nos dá coragem e ânimo para enfrentar as dificuldades da vida.

“Estou cansado!” é uma das frases mais freqüentes nos diálogos entre as pessoas. Mas o cansaço nem sempre é físico. Ele está muitas vezes relacionado com as frustrações diárias, com os desânimos. E como é que a gente pode “descansar”? Antes de descansar do que nos cansa, é preciso enfrentar o que nos provoca o cansaço, caso contrário estaremos sempre na mesma. Identificando a causa podemos avançar na busca de uma vida mais equilibrada, onde as surpresas do cotidiano não sejam capazes de nos derrubar. Isso é bem prático: quando estamos num período de equilíbrio e bem estar, as dificuldades se reduzem ao tamanho real, sem aquela aparência de monstro gigante, difícil de enfrentar.

Precisamos de um refúgio para recuperar as forças e a sintonia com o que está ao redor e no próprio interior. Qual tem sido o nosso refúgio? Pode ser qualquer lugar onde nos sintamos bem, em paz. Em nossa casa, em um jardim, numa caminhada, na oração. Hoje mesmo num dos cadernos do jornal local o tema do artigo era “O poder do silêncio”. Aí está uma resposta para esta busca. O silêncio certamente nos ajuda a entrar novamente no eixo, a encontrar o norte. 
Posto abaixo uma foto da capela do Campo Alegre feita na semana passada. É simples, aberta, acolhedora. Quem quiser aparecer para seu momento de silêncio e de encontro pessoal será sempre bem-vindo!





Sobres redes e blogs...



Engraçado como a gente acaba trilhando novos caminhos inesperadamente. Quando caímos na conta... já estamos embrenhados na floresta. Estou falando do facebook e do blog.
Já tinha criado uma conta no facebook há muito tempo, mas não usava com freqüência. Quando fui postar novos álbuns de fotos no blog, descobri que minha cota no picasa (onde eram armazenadas as fotos) tinha expirado.
O facebook tem muitas coisas boas, bem positivas mesmo. Reencontrar pessoas, saber notícias com mais freqüência sobre a maioria delas, fotos atualizadas, e muitas, muitas frases... Mas infelizmente, muitas coisas jogadas ao vento...
Quase todos os “cartazes”, frases, trazem mensagens interessantes, que podem levar a uma reflexão. Mas gostaria que, pelo menos de vez em quando, viessem acompanhadas do “parecer” daqueles que postaram. Mesmo que fosse uma frase. Sei que é uma rede, destinada a mensagens curtas, mas nem por isso precisa ganhar este formato. Tudo bem que algumas frases são tão impactantes que não precisam de mais nada. Gosto muito da Cora, do Quintana, do Dalai Lama, do Rubem Alves, do Galeano, do Saramago... mas gostaria de saber um pouco mais dos Josés e das Marias que vivem no anonimato.