domingo, 9 de outubro de 2011

Um pequeno jardineiro

Era uma vez...



...um menino que gostava de regar as plantas.
Fazia isso sempre que podia. Ah! O nome dele: Guilherme.
Diante dessa cena um desafio: como podemos favorecer que as crianças mantenham o gosto por coisas simples? Certamente não será somente falando, mas vivenciando. Plantar, cuidar, colher, preparar e comer . Plantar, cuidar, colher, preparar e enfeitar. Hortas e jardins podem fazer parte da nossa vida sempre.
E a lista de coisas simples continua: comer com as mãos, caminhar tomando sorvete, pular corda, ver o sol nascer, se pôr, pintar, fazer pipas, jogar damas, preparar comida juntos, fazer piquenique, nadar no riacho...



Boa semana para todos!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Steve Jobs e Inácio de Loyola

Recebi o texto da CVX e repasso pelo seu valor. Acho que pode nos ajudar a dar passos concretos na direção de uma vida com sentido.

Artigo publicado por Antonio Spadaro, SJ, em artigo publicado no blog Cyberteologia, 06-10-2011.
A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.

"Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida": essas são as palavras que Steve Jobs pronunciou no dia 12 de junho de 2005 em um famoso discurso aos formandos de Stanford. Esse commencement address [discurso de formatura] foi, para ele, uma oportunidade única para falar sobre si mesmo. Reler esse discurso no dia em que Steve Jobs deixou esta terra é, talvez, uma boa forma para honrá-lo.
E Steve tem razão. As suas palavras ecoam as de Inácio de Loyola, o fundador dos jesuítas, que considera que uma forma de fazer uma boa escolha na vida consiste em fazer "como se eu estivesse à beira da morte; e assim, regulando-me por ela, tomarei com determinação a minha decisão" (Exercícios Espirituais, 186). A morte não é, no caso de Inácio e de Steve, um espantalho, mas sim a constatação de que os temores, os embaraços e as futilidades desaparecem perante o pensamento da morte, e só resta o que realmente conta, aquilo que para nós é realmente importante.
Não sei se Jobs era um crente. Desse discurso, não se deduz muita coisa. Aqui, eu falo simplesmente da disposição interior a fazer escolhas significativas na vida, apontando para aquilo que importa. Nenhum ser humano, crente ou não crente, pode fazer escolhas na vida pensando em si mesmo como imortal.
E Steve diz isso de uma maneira fantástica, com uma pequena frase do nada: "Você já está nu". Exato. Lemos no Livro de Jó: "Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei para o seio da terra" (1, 21). Considerar a nossa nudez é o caminho de uma sabedoria de vida, o único que é capaz de nos fazer dizer, como Steve fez no intraduzível encerramento do seu discurso: "Stay hungry. Stay foolish", isto é, permaneçam com fome, permaneçam tolos.
Sobretudo, o pensamento de estarmos nu e sermos mortais nos leva a viver intensamente. Steve diz: "Você tem que encontrar o que você ama". E parece ecoar Inácio de Loyola que, em seus Exercícios Espirituais, insiste constantemente em entender e perguntar "o que eu quero e desejo" verdadeiramente (por exemplo, Exercícios, 48).
Só quem sabe que a própria vida é nua e sempre será não perderá tempo para fingir de se cobrir, de ser jovem eternamente, de pensar que se é o dono do mundo, mas saberá que a vida tem em si uma fome profunda. É essa fome, reconhecida expressamente na sua fé profunda, que leva Inácio de Loyola a escrever: "Prefiro ser considerado vão e louco por Cristo, que por primeiro foi tudo por tal, a ser sábio e prudente segundo este mundo" (Exercícios espiritual, 167).
O que importa é ter uma visão neste mundo e perceber que ela se torna uma missão para fazer deste mundo um lugar melhor.
Assista aqui o vídeo com o discurso na íntegra.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O que fazemos com o erro dos outros?

Na reunião da segunda-feira na comunidade que assessoro, dentro do contexto do estudo, propus a seguinte pergunta: O que fazemos com o erro dos outros? Acho que é uma reflexão oportuna.
Ontem postei um texto sobre Francisco de Assis, um homem que dedicou-se a servir aos demais e encontrou sentido nisso. Viveu sua missão plenamente. Conosco às vezes acontece o contrário, não só vivemos na base do “salve-se quem puder”, como dificultamos a vida dos demais. Nada de pessimismo. Acredito que haja mais gente torcendo pelo bem do próximo do que pelo seu infortúnio.
Na mesma linha, tem uma frase que circula por aí “Aderi à campanha pela vida: cada um cada da sua!” A pessoa que coloca essa frase no msn, por exemplo, está mandando um recado muito sério aos outros. Prá mim ela está querendo dizer: “não se intrometa na minha vida! Cuide da sua que já está muito bom.”
É claro que se cada pessoa cuidasse bem de si mesma, com gratidão pela própria vida, fazendo escolhas conscientes, buscando o melhor, seria muito bom. Mas levando em conta que sozinho não podemos muito, é melhor construirmos pontes, e com passagens de mão dupla. Assim, poderíamos levantar nossa bandeira com outra frase: “Aderi à Campanha pela vida: sejamos solidários!”
Mas a proposta agora é nos questionarmos sobre a pergunta inicial. Quando nos deparamos com os erros dos outros, qual nossa atitude? Somos daqueles que acumulam informações, segredos e críticas aos demais para usar na hora oportuna? Somos daqueles que se escondem por trás das falhas alheias, achando-se perfeitos e infalíveis? Ou somos do grupo que acolhe a fragilidade dos demais, considerando que crescimento e maturidade são construídos com erros e acertos?
Acolher as próprias fraquezas e as dos outros não significa concordar com o que está errado, mas decantar o erro do errado, o criminoso do crime, o mentiroso da mentira... Todo mundo já deve ter feito a experiência de Paulo de Tarso e tantos outros que nos precederam: “Por que não faço o bem que desejo, mas faço o mal que não quero?
Não devemos aumentar o problema dos demais com fofocas e julgamentos. E nossa torcida deve ser sempre para que o outro progrida, cresça, mesmo se por conta disso, em algum momento, possamos sair perdendo. A gente acaba aprendendo no decorrer da vida que nem tudo que aparenta ser perda, derrota, morte, de fato é. Na convivência saudável ganhamos todos.
Afinal, como nos sentimos depois de superarmos uma derrota ou uma perda? Certamente, fortalecidos!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Francisco

Ontem foi dia de São Francisco.
Conhecido como o protetor dos animais e pela vida simples e dedicada aos demais, continua sendo um exemplo para o mundo. Sua radical conversão ainda deixa muitos de nós espantados. Como alguém pode deixar a comodidade familiar e social para mergulhar num mundo onde o sofrimento dos demais é o motivo cumprir sua missão?
Somos muito apegados e isso nos afasta dos outros. A gente vive achando que é dono de tanta coisa, da nossa casa, nossas ideias, nossa inteligência, dos nossos amigos, da nossa família...e sabemos que no fundo nada nos pertence.
Se pensássemos seriamente nisso talvez nos aproximaríamos um pouco mais da cultura do desapego, que está muito próxima da cultura da inclusão.

domingo, 2 de outubro de 2011

Outubro trouxe a chuva

Ontem no final da tarde choveu por aqui.
Chuva mansa, em mangas...
Ainda não molhou a terra o suficiente, mas apagou a poeira e deu de beber às plantas, fez cantar diferente os pássaros, e alegrou o Sr. Domingos.
Hoje pouco depois das 6 da manhã ligou para dizer que no Campo Alegre todos amanheceram contentes, inclusive ele.
A vida é assim, cheia de momentos incríveis como desejar a chuva e ela chegar. Encontrar pessoas. Receber boas notícias. Ouvir uma boa música. Ver uma cena comovente, num filme ou na vida real. Sentir esperança.
Bem-vindo, mês de outubro! Enquanto aqui estamos na primavera, preparando para o verão, em outros cantos é tempo de preparar para o inverno.
A vida vai cumprindo seu ciclo. Nós vamos cumprindo nossa missão.
Mas afinal, qual é mesmo o sentido da nossa vida?