quinta-feira, 5 de abril de 2012

Silêncio!

Estamos nos aproximando do dia do silêncio.
Sexta-feira da Paixão é o dia que fazemos memória da morte de Jesus.
Nesse dia devíamos fazer memória das mortes que nos rodeiam, que insistem em nos afastar da vida digna e feliz para a qual fomos criados.
Tomar consciência do que causa morte nos ajuda a tomar decisões para que a vitória seja sempre da vida. Como foi com Jesus.
Mas sem mastigar as ervas amargas e comer pão sem fermento é muito difícil chegar à maturidade da existência.
Jesus certamente nunca teve o objetivo de morrer crucificado. Quem acredita que estava tudo escrito dificilmente poderá crer que Jesus foi humano. E se não acredita em sua humanidade fica impedido de se identificar com ele, como irmão, filho do mesmo Pai.
Por isso, se não fizermos memória desse dia com o coração, estaremos experimentando um vazio. Hoje não é preciso celebrar a Paixão como se a dor e morte fossem a última notícia. Pelo contrário, podemos celebrar a morte de Jesus na certeza da vitória.
Mas se essas palavras não alcançarem nossa prática, também elas serão vazias. Paixão. Morte. Silêncio. E daí?
Nossa esperança mais segura vem da vitória de Jesus. Com ele podemos ter como última notícia a Vida Plena.
Tristezas, angústias, medos, incertezas, ambiguidades, doenças, pobreza, perdas, dores... nada, mas nada mesmo pode substituir a vitória da vida sobre a morte.
Por isso um bom exercício para a Sexta-feira da Paixão é descobrir se há em nós algum sinal de morte. Para isso o silêncio de Jesus nos inspira. Façamos silêncio. Deixemos calar todas as vozes para que apareça a verdade.
Coragem!

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