sábado, 3 de novembro de 2012

“O sabor das mangas e das maçãs...”

O aroma, o sabor, a beleza, a diversidade... tudo isso a manga tem em abundância. Aqui no Centro Sul do Brasil está chegando a época da colheita. Tem aquelas cuidadosamente plantadas e cultivadas, mas tem também as que foram semeadas por chupadores de manga anônimos que atiraram o bagaço num pasto qualquer... No quintal, à beira das estradas, nos pastos ou nas calçadas (como em Belém e Assunción), elas produzem com fartura. No início da safra, quando a vontade é ainda mais aguçada é comum assistir aos profissionais do tiro ao alvo amadores buscando aquela que amadureceu primeiro, bem no alto da mangueira.




As mangueiras mesmo sem frutos têm seu encanto. Principalmente aquelas do pasto, podadas por bois e vacas que se alimentam também de suas folhas. A precisão da poda da base da árvore é impressionante. Além disso, seus galhos são propícios para balanços, que transportam crianças e adultos para um mundo de sonhos.


Acima ou abaixo dos trópicos habitam a macieiras, com espetáculo bem parecido. Tem as cultivadas e aquelas quase naturais, dos pastos e quintais. Aroma, formato, sabor e um rol enorme de benefícios para a saúde justificam a existência desse fruto inspirador de muitas histórias e fábulas. Impossível não se render à beleza que beira a perfeição desse fruto tão conhecido e consumido.




Na Suíça, as macieiras estão por toda parte e em grande quantidade. A produção é tão natural que nem causa impacto. Da árvore para o forno é como num passe de mágica... E por falar nisso, quem fica indiferente ao cheiro inconfundível da torta de maçãs? Aquela tortinha do Mc Donald’s sem cor nem sabor, nem chega aos pés do verdadeiro strudel de maçã feito por mãos habilidosas de quem vive na terra das macieiras. Naquele país experimentei pela primeira e única vez o “mosto de maçã”. Uma bebida à base da fruta fermentada que deixa a gente “feliz e leve” e, se não houver controle, “derrubado”.


Eu tenho um amigo-irmão da terra das maçãs, o Christian. Dessas amizades inesperadas, mas que duram para sempre. Tive a oportunidade de conhecer um pouco do seu país, sua família, seu povo... e, é claro, as macieiras, com strudel e mosto. O filho suíço é companheiro de aventuras, de esporte. A mãe Clara é a senhora simpatia. Suas mãos abençoadas e hábeis deslizam na cozinha criando verdadeiras obras de arte da gastronomia. Eu tive a honra de ter me sentado à sua mesa e degustado tanta comida boa, além da companhia agradável daquela família acolhedora.



O pai Walter é um homem da terra, muito bom exemplar de uma Suíça encantadora. Me acolheu como um filho, prova disso é que me concedeu o direito de dirigir seu “trator de estimação”. Além disso, me iniciou na arte de apreciar o mosto de maçã, e queijos artesanais das montanhas.

Prá finalizar, ainda sobre mangas e maçãs, além das combinações que já existem, tem uma completamente original, resultado da união de uma representante dos trópicos, da terra das mangas, a Keila, com um representante dos Cantões Suíços, terra das maçãs, o Christian. E não pára por aí, pois da união desses dois nasceu a Nina, uma bela mistura de manga e maçã!!! Mas a história desses três é um outro capítulo, e um dia, com autorização (rs!) eu publico.



Um comentário:

  1. Mmmm, qué ganas de tocar, morder y saborear estos frutos. Mariana

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