Acabei de falar com minha amiga Clara, que vive em Asola, região de Mantova, bem próximo ao epicentro dos últimos tremores.
Disse que o temor e insegurança estão presentes na vida de boa parte dos italianos daquela região.
Tanta gente vivendo em barracas ou dormindo dentro dos próprios carros.
E a crise que já existia, causando desemprego, hoje está ainda maior.
Sua própria família modificou a rotina nesse período. Como vivem em um sobrado, os pais agora dormem num cômodo térreo, com receio de um novo tremor. Em caso de emergência a escada poderia dificultar a locomoção até um lugar seguro.
O último terremoto, na terça-feira, aconteceu em pleno dia, em horário de aula, com escolas lotadas, pessoas trabalhando. Dá prá imaginar o cáos dos segundos infindáveis dos abalos.
Além da destruição de casas, igrejas e monumentos, chamou atenção o prejuízo que os produtores de Grana Padano e Parmigiano Reggiano tiveram. Com o tremor, inúmeras prateleiras tombaram derrubando milhares de discos desses queijos.
Nossa esperança é que as placas de acomodem e cessem os abalos, e que a vida volte ao normal.
É tempo de solidariedade, e quem está mais próximo e disponível certamente está com os braços estendidos para uma ajuda imediata e concreta.
De longe nosso coração irradia força e coragem para quem sofre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário